Diferenças entre os alimentos "light" e "Diet": Cuidado para não cair na armadilha! |
A grande maioria das pessoas faz confusão
ou não sabe a diferença entre os alimentos “light” e “diet”,
achando que um seja o sinônimo do outro. Os indivíduos
também pouco se preocupam em saber a composição de cada um
desses alimentos, e não procuram saber o por quê do alimento
ter essa denominação.
Existe uma infinidade de alimentos e bebidas denominados "diet"
ou "light", que vão desde derivados do leite, panetones e
refrigerantes, até chocolates, pães e alimentos que passam
uma sensação de serem mais saudáveis do que os outros, porém
também costumam ser mais caros do que os tradicionais.
Muitas vezes, a diferença é tão insignificante que não vale
a pena gastar a mais.
Em 1988, o Ministério da Saúde considerou os alimentos
“diet” e “light” como "alimentos especiais". Era uma
legislação inadequada, que gerou muita confusão tanto por
parte dos fabricantes como por parte dos consumidores.
Recentemente, esses alimentos já tem nova legislação, e pela
nova lei, os produtos conhecidos como "diet" e "light"
passam a ser rotulados e conceituados assim como na Europa e
Estados Unidos, em que o perfil do produto deve ser
destacado e especificado na embalagem.
Existem bons produtos que realmente cumprem o que prometem
nos rótulos, porém existem muitos que não cumprem o
prometido, e além de serem mais caros, podem prejudicar a
saúde dos consumidores. Há necessidade de que as pessoas
assumam um senso crítico na seleção desses produtos.
O que são alimentos “light”?
Os alimentos considerados "light" são aqueles com baixo teor
de calorias ou de outros componentes (sódio, açúcares,
gorduras, colesterol). Portanto, ao contrário dos alimentos
“diet”, não são totalmente isentos de determinada
substância. Esses alimentos não tem como finalidade atender
as necessidades dietoterápicas e não são indicados para
dietas específicas.
Os alimentos são classificados como "light" quando houver
uma redução de pelo menos 25% da quantidade de um
determinado nutriente e/ou calorias em relação ao alimento
tradicional. No caso de alimento sólido, no que se refere às
calorias, o valor total da redução deve ser no mínimo de 40
calorias para cada 100g de alimento e para alimentos
líquidos esse valor diminui para 20 calorias.
Assim como os "diet", os alimento "light" também podem
causar confusão às pessoas mal informadas. Por exemplo,
existem certos adoçantes "light" que podem colocar em risco
a saúde de pessoas diabéticas, pois contém açúcares em sua
composição. É fundamental também que o rótulo do alimento
acuse o nutriente que foi visado pelo fabricante com o
objetivo de tornar o alimento "light", isto porque a
utilização desse termo, por si só, não é suficiente para que
o consumidor identifique o perfil do produto.
O que são alimentos “diet”?
Quando a palavra "diet" está estampada no rótulo de um
alimento ou bebida, significa que existe a ausência total de
algum ingrediente, que pode ser o açúcar, o sal, a gordura,
etc. Assim, produtos específicos para diabéticos devem ser
totalmente isentos de açúcar. Já para pessoas com problemas
cardiovasculares, a restrição deve ser de gorduras.
Contudo, isso nem sempre quer dizer que ocorre uma redução
nas calorias do produto em questão. É aí que muitas pessoas
se enganam e caem em uma armadilha, em que um alimento
“diet” pode ter tantas calorias quanto um alimento “não diet”.
A armadilha dos alimentos “diet”
Um chocolate "diet", por exemplo, tem todo o açúcar
utilizado na sua fabricação substituído por adoçantes.
Geralmente, este tipo de alimento é desenvolvido para
diabéticos, mas acabam sendo também consumidos por pessoas
que querem perder peso ao restringir as calorias de sua
dieta. A palavra "diet" do chocolate dá muitas vezes uma
conotação de que ele é pouco calórico. Mas o que poucos
sabem é que a troca do açúcar por adoçantes no momento da
fabricação, modifica em grande parte a textura do alimento,
e para conseguir a textura habitual, os fabricantes acabam
adicionando mais gordura, o que faz com que o total de
calorias do chocolate "diet" (535cal/100g) fique equivalente
ao do “não diet"(565cal/100g). O consumidor mais desatento
paga mais caro por um alimento com as mesmas calorias da
versão normal, embora não contenha a presença da sacarose.
Alimentos diet e light: comprar ou não comprar?
Diet, light, shakes, sugar free, fat free, slim, low.... O
brasileiro tem uma atração toda especial para o que está
escrito em inglês e parece que isto dá ao produto uma
confiabilidade toda especial. Contudo, "diet" e "light" não
são garantia de saúde. Existe uma infinidade de alimentos
cujos rótulos prometem maravilhas e, muitas vezes, são
somente enganação.
Portanto, a recomendação é que se leiam os rótulos desses
produtos atentamente, observando a composição, a quantidade
de calorias de cada um e a quantidade de aditivos químicos.
Só assim é possível de se descobrir a real composição de
cada um deles.
Caso haja alguma dúvida em relação a algum dos ingredientes,
deve-se perguntar a um profissional habilitado o significado
de cada um dos componentes da formulação. Além disso,
devem-se consumir produtos de indústrias idôneas e éticas,
que se preocupem com os consumidores.
Para finalizar, gostaria de colocar algumas dicas, que do
meu ponto de vista, são importantes na hora de se consumir
alimentos "diet" ou llight'.
Dicas para consumir alimentos diet ou light
Adoçantes: Sacarina, aspartame, ciclamato, steviosídeo,
acessulfame-K, sucralose.
Todos eles são edulcorantes, substâncias artificiais ou
naturais muito mais doces que o açúcar, responsáveis pelo
sabor doce no adoçante. Geralmente adoçam o alimento com
muito pouca ou nenhuma caloria e exercem um papel importante
já que são muito utilizados na fabricação de alimentos "diet"
ou "light". Embora indicados inicialmente para pessoas
obesas ou diabéticas, observa-se hoje que estão presentes em
mesas de pessoas que querem manter sua forma física ou estão
preocupadas em abandonar ou restringir o nível calórico de
sua alimentação.
Entretanto, assim como o excesso de açúcar não faz bem para
nossa saúde, adoçante tão pouco. Por isso, sempre recomendo
que a menos que exista um problema de saúde (diabetes, por
exemplo), prefira ingerir pouco açúcar à grandes quantidades
de adoçantes. Não é porque o produto é "diet" ou 'light" que
pode ser ingerido em quantidades maiores. Lembre-se sempre
que os adoçantes são substâncias químicas.
Alimentos "light" onde a quantidade de gordura foi
reduzida são muito melhores para sua saúde do que os
tradicionais. Leites, iogurtes, requeijão, queijos,
maioneses, creme de leite, batatas fritas, pipocas com
teores mais baixos de gordura devem ser preferidos àqueles
tradicionais. Mesmo porque, geralmente esses alimentos
acabam apresentando uma concentração maior de outros
nutrientes importantes para nossa saúde. É o caso do cálcio
em leite e derivados, que se apresenta geralmente em maiores
quantidades nos produtos "light". Mas lembre-se sempre: não
é porque esses alimentos contém teores menores de gordura
que você vai sair comendo como um louco. Maionese, creme de
leite, batatas e pipocas, por exemplo, não devem ser
consumidos diariamente.
Refrigerantes e sucos "diet" ou "light" devem ser
consumidos com moderação, principalmente os em pó, que são
puras misturas químicas.Lembre-se sempre, você estará
trazendo inúmeros benefícios à sua saúde cada vez que trocar
um copo dessas bebidas por um copo de suco natural, rico em
nutrientes importantes para o seu organismo.
Para geléias, chocolates, gelatinas, doces em geral
considerados "diet", vale a mesma dica dos adoçantes.
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