durante seguidos exames, de acordo
com o protocolo médico. Ou seja, uma única medida de pressão
não é suficiente para determinar a doença. A situação 14x9
inspira cuidados e atenção médica pelo risco cardiovascular.
Pressões arteriais elevadas provocam
alterações nos vasos sanguíneos e na musculatura do coração.
Pode ocorrer hipertrofia do ventrículo esquerdo, acidente
vascular cerebral (AVC), infarto do miocárdio, morte súbita,
insuficiências renal e cardíacas, entre outras
O tratamento pode ser medicamentoso e/ou associado com um
estilo de vida mais saudável. De forma estratégica,
pacientes com índices na faixa 85-94 mmHg (pressão
diastólica) inicialmente não recebem tratamento
farmacológico.
Fatores
de risco
A hipertensão arterial pode ou não surgir em qualquer
indivíduo, em qualquer época de sua vida, mas algumas
situações aumentam o risco. Dentro dos grupos de pessoas que
apresentam estas situações, um maior número de indivíduos
será hipertenso. Como nem todos terão hipertensão, mas o
risco é maior, estas situações são chamadas de fatores de
risco para hipertensão. São fatores de risco conhecidos para
hipertensão:
- Idade: Aumenta o risco com o aumento da idade.
- Sexo: Até os cinquenta anos, mais homens que
mulheres desenvolvem hipertensão. Após os cinquenta
anos, mais mulheres que homens desenvolvem a doença.
- Etnia: Mulheres afrodescendentes têm risco maior de
hipertensão que mulheres caucasianas.
- Nível socioeconômico: Classes de menor nível
sócio-econômico têm maior chance de desenvolver
hipertensão.
- Consumo de sal: Quanto maior o consumo de sal
(sódio), maior o risco da doença.
- Consumo de álcool: O consumo elevado está associado
a aumento de risco. O consumo moderado e leve tem efeito
controverso, não homogêneo para todas as pessoas.
- Obesidade: A presença de obesidade aumenta o risco
de hipertensão.
- Sedentarismo: O baixo nível de atividade física
aumenta o risco da doença.
Quando se
deve medir a pressão arterial?
Um dos grandes problemas da hipertensão arterial
(pressão alta) é o fato desta ser assintomática até
fases avançadas. Não existe um sintoma típico que possa
servir de alarme para estimular a procura por um médico.
Achar que a pressão está alta ou normal baseado em sintomas
inespecíficos, como dor de cabeça, cansaço, dor no pescoço
ou nos olhos, sensação de peso nas pernas ou palpitações, é
um erro muito comum. A pressão alta não causa sintomas na
maioria das vezes.
Portanto, um indivíduo que não costuma medir sua pressão
arterial simplesmente porque não tem nenhum sintoma, pode
muito bem ser hipertenso e não saber. Por outro lado, se o
paciente é sabidamente hipertenso, mas também não mede a
pressão arterial periodicamente, pode ter a falsa impressão
de ter a pressão controlada quando na verdade a mesma está
muito alta. Não existe nenhuma maneira de avaliar a pressão
arterial sem que se faça a aferição da mesma através de
aparelhos específicos.
Todo indivíduo adulto deve pelo menos uma vez a cada dois
anos medir sua pressão arterial. Se o paciente for obeso,
fumante, diabético ou se tiver história familiar de
hipertensão arterial, a pressão deve ser medida com uma
periodicidade maior. Já aqueles pacientes sabidamente
hipertensos devem medir a pressão arterial pelo menos uma
vez por semana para saber se a pressão alta está bem
controlada. Hoje em dia já existem aparelhos de medir a
pressão arterial automatizados, que podem ser adquiridos
pelos pacientes para aferição da pressão em casa.
Consequências da hipertensão
A hipertensão está associada a diversas doenças graves
como:
- Insuficiência cardíaca
- Infarto do miocárdio
- Arritmias cardíacas
- Morte súbita
- Aneurismas
- Perda da visão (retinopatia hipertensiva)
- Insuficiência renal crônica
- Derrame - AVC isquêmico e hemorrágico
- Demência por micro infartos cerebrais
- Arteriosclerose
Prevenção
A prevenção é o processo de evitar o surgimento de uma
situação. Como a pressão arterial tende a aumentar com a
idade com as alterações vasculares que acompanham o
envelhecimento, pode-se questionar se a hipertensão arterial
é prevenível. Mas existem medidas que podem postergar este
aumento de pressão. Estas medidas devem ser chamadas de
medidas preventivas, mesmo que não impeçam, mas retardem o
surgimento da hipertensão arterial. Neste contexto, são
medidas preventivas[8]:
- Alimentação saudável.
- Consumo controlado de sódio.
- Consumo controlado de álcool, combate ao alcoolismo.
- Aumento do consumo de alimentos ricos em potássio.
- Combate ao sedentarismo.
- Combate ao tabagismo.
Em algumas situações específicas, com alto risco de
doença cardiovascular, pode ser considerado o uso de
medicamentos para a prevenção da Hipertensão.
Tratamento
Embora não exista cura para a Hipertensão Arterial , é
possível um controle eficaz, baseado quer na reformulação de
hábitos de vida, quer em medicação, permitindo ao paciente
uma melhor qualidade de vida.
Medidas não farmacológicas
Certas medidas não relacionadas a medicamentos são úteis no
manejo da Hipertensão Arterial, tais como
- Moderação da ingestão de sal (Cloreto de sódio) e
álcool (Etanol);
- Aumento na ingestão de alimentos ricos em potássio;
- Prática regular de atividade física;
- Fomentar práticas de gestão do stress;
- Manutenção do peso ideal (IMC entre 19 e 25 kg/m²);
- Minimizar o uso de medicamentos que possam elevar a
pressão arterial, como Anticoncepcionais orais e
Anti-inflamatórios.
Medidas farmacológicas
Nos casos que necessitam de medicamentos, são utilizadas
várias classes de fármacos, isolados ou associados, que
devem ser prescritos individualmente pelo médico
especialista.
Mais de 90% dos pacientes hipertensos devem tomar 1 ou mais
remédios.
Algumas pessoas têm hipertensão de difícil controle e, às
vezes, precisam de 4, 5, 6 ou mais drogas
anti-hipertensivas. |